Espaço e sociedade - um paradoxo : a cidade / por Maria Adélia Aparecida de Souza. --
By: Souza, Maria Adélia Aparecida de.
Material type: ArticlePublisher: [Brasília] : FUNCEP, 1983Description: p. 17-20.Subject(s): Sociedade | Aspecto Demográfico | Historia Social | Urbanização | Zona Urbana | Zona Rural | Relação Estado e SociedadeOnline resources: Acesso ao PDF Revista do Serviço Publico - RSP Ano 40, v.111, n.1, p. 17-20, jan-mar 1983Summary: É desnecessário afirmar que a apropriação do espaço terrestre é um dos maiores desafios que se impõe ao homem do século XX e, com muito maior peso, vai impor-se ao homem do século XXI. Uma das manifestações mais contundentes dessa apropriação tem sido, sobretudo depois da revolução industrial, o crescente e assombroso processo de urbanização. As estatísticas indicam que, até o final deste século, cerca de 80 a 90% das pessoas que povoarão o planeta viverão nas cidades. Apesar da grandiosidade dos números, as crônicas das 'patologias urbanas' (criminalidade por exemplo) cuidam de transmitir aos homens um profundo sentimento de insegurança. E esta insegurança resulta da violência que se observa nas cidades, seja pela escassez de certos equipamentos e serviços - que interferem diretamente na qualidade de vida das populações —, seja pela incapacidade do Estado em gerenciar os monstros urbanos que se vem formando (a quase falência de Nova York e das Cidades brasileiras, que insistentemente clamam por maiores recursos, comprovam isso) e, ainda, seja pela demonstração flagrante da pobreza, denunciada de forma brutal pelas cidades ostentando em seu bojo subabitação, favela, menor abandonado, desemprego, marginalidade, prostituição.É desnecessário afirmar que a apropriação do espaço terrestre é um dos maiores desafios que se impõe ao homem do século XX e, com muito maior peso, vai impor-se ao homem do século XXI. Uma das manifestações mais contundentes dessa apropriação tem sido, sobretudo depois da revolução industrial, o crescente e assombroso processo de urbanização. As estatísticas indicam que, até o final deste século, cerca de 80 a 90% das pessoas que povoarão o planeta viverão nas cidades. Apesar da grandiosidade dos números, as crônicas das 'patologias urbanas' (criminalidade por exemplo) cuidam de transmitir aos homens um profundo sentimento de insegurança. E esta insegurança resulta da violência que se observa nas cidades, seja pela escassez de certos equipamentos e serviços - que interferem diretamente na qualidade de vida das populações —, seja pela incapacidade do Estado em gerenciar os monstros urbanos que se vem formando (a quase falência de Nova York e das Cidades brasileiras, que insistentemente clamam por maiores recursos, comprovam isso) e, ainda, seja pela demonstração flagrante da pobreza, denunciada de forma brutal pelas cidades ostentando em seu bojo subabitação, favela, menor abandonado, desemprego, marginalidade, prostituição.
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