Refração e Iluminação em Bernardo Carvalho
By: VIEIREA, Yara Frateschi
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Material type: 
ArticlePublisher: São Paulo : Cebrap, Novembro 2004Novos Estudos 70, p. 195-206Abstract: A leitura dos livros de Bernardo Carvalho, especialmente os dois últimos romances, Nove noites (2002) e Mongólia (2003), reconhece temas comuns à literatura contemporâneca: a desconfiança quanto ao lugar da ficção, as suas relações com outros tipos de discurso, a questão da identidade e da busca de um sentido que organize, resgatando-os da sua dispersão e gratuidade, os eventos, as ações e os afetos. Há porém um duplo movimento que é característico da sua escrita: por um lado, constrói uma intriga folhetinesca que capta a atenção do leitor; por outro, configura-se como uma casa de espelhos que deixa entrever, através de iluminação enviesada, um ponto simultaneamente central e cego: a homossexualidade refratada.
A leitura dos livros de Bernardo Carvalho, especialmente os dois últimos romances, Nove noites (2002) e Mongólia (2003), reconhece temas comuns à literatura contemporâneca: a desconfiança quanto ao lugar da ficção, as suas relações com outros tipos de discurso, a questão da identidade e da busca de um sentido que organize, resgatando-os da sua dispersão e gratuidade, os eventos, as ações e os afetos. Há porém um duplo movimento que é característico da sua escrita: por um lado, constrói uma intriga folhetinesca que capta a atenção do leitor; por outro, configura-se como uma casa de espelhos que deixa entrever, através de iluminação enviesada, um ponto simultaneamente central e cego: a homossexualidade refratada.
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