Política externa brasileira : capital social e discurso democrático na América do Sul
By: VILLA, Rafael Duarte.
Material type: ArticlePublisher: São Paulo : ANPOCS- Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais, Junho 2006Subject(s): Política externa brasileira | Capital social | Argentina | Venezuela | Auto-interesseOnline resources: Acesso RBCS- Revista Brasileira de Ciências Sociais 21, 61, p. 63-89Abstract: A idéia de democracia e democratização, com objetivo de gerar capital social positivo e confiança entre o Brasil e seus vizinhos sul-americanos, revelou-se tanto para as elites brasileiras como para os formuladores de política externa um "mapa do caminho" em termos de segurança e integração regional e de política de desarmamento. Assim, sob o impacto de idéias sugeridas por novas visões de mundo, a política externa brasileira transformou um fator de política interna - a organização democrática do sistema político - em condição e recurso de sua política externa sul-americana. O resultado foi uma melhoria na imagem e na credibilidade na política regional sul-americana, ou seja, um incremento na "confiança". Este é o argumento desenvolvido aqui, baseado numa metodologia que aproveita trechos extraídos do discurso diplomático dos próprios formuladores da política externa brasileira contemporânea e nas reconstruções históricas de relações diplomáticas do Brasil com dois países sul-americanos, Venezuela e Argentina, nas décadas de 1980 e 1990A idéia de democracia e democratização, com objetivo de gerar capital social positivo e confiança entre o Brasil e seus vizinhos sul-americanos, revelou-se tanto para as elites brasileiras como para os formuladores de política externa um "mapa do caminho" em termos de segurança e integração regional e de política de desarmamento. Assim, sob o impacto de idéias sugeridas por novas visões de mundo, a política externa brasileira transformou um fator de política interna - a organização democrática do sistema político - em condição e recurso de sua política externa sul-americana. O resultado foi uma melhoria na imagem e na credibilidade na política regional sul-americana, ou seja, um incremento na "confiança". Este é o argumento desenvolvido aqui, baseado numa metodologia que aproveita trechos extraídos do discurso diplomático dos próprios formuladores da política externa brasileira contemporânea e nas reconstruções históricas de relações diplomáticas do Brasil com dois países sul-americanos, Venezuela e Argentina, nas décadas de 1980 e 1990
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