O "paradoxo" e a "galinha" : o controle organizacional e as comunidades de prática
By: MOURA, Guilherme Lima; ANDRADE, Lourdes Magalhães C. de O.
Material type: ArticlePublisher: Salvador : EAUFBA, Jan. /Mar. 2006O&S : Organizações & sociedade 13, 36, p. 27-43Abstract: Uma comunidade de prática (CdP) pode ser entendida como qualquer grupo cujas pessoas, possuindo prática e referência epistemológica em comum, reúnem-se regularmente para refletir sobre essa prática, aprendendo coletivamente a entendêla e, principalmente, a fazê-la melhor. Mas o que acontece com uma CdP quando ela é "descoberta", incentivada e gertida por uma organização? De que forma a cultura e o controle organizacionais sobre CdP's têm tido, predominantemente, uma abordagem funcionalista. Partindo de outra perspectiva, este texto pretende fazer uma análise teórico-conceitual sobre as CdP's e sua relação com as organizações da produção e trabalho, particularmente no que se referem a aspectos de controle organizacional presentes em tal relação, e tomando como base obras e estudos organizacionais recentes sobre o assunto. Conclui-se que a getão de CdP's nas organizações é uma impossibilidade conceitual, resultando num paradoxo: ao gerir-se uma CdP, ela dexa de existirUma comunidade de prática (CdP) pode ser entendida como qualquer grupo cujas pessoas, possuindo prática e referência epistemológica em comum, reúnem-se regularmente para refletir sobre essa prática, aprendendo coletivamente a entendêla e, principalmente, a fazê-la melhor. Mas o que acontece com uma CdP quando ela é "descoberta", incentivada e gertida por uma organização? De que forma a cultura e o controle organizacionais sobre CdP's têm tido, predominantemente, uma abordagem funcionalista. Partindo de outra perspectiva, este texto pretende fazer uma análise teórico-conceitual sobre as CdP's e sua relação com as organizações da produção e trabalho, particularmente no que se referem a aspectos de controle organizacional presentes em tal relação, e tomando como base obras e estudos organizacionais recentes sobre o assunto. Conclui-se que a getão de CdP's nas organizações é uma impossibilidade conceitual, resultando num paradoxo: ao gerir-se uma CdP, ela dexa de existir
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