Uma teoria da preponderância do Poder Executivo : o sitema de comissões no Legislativo brasileiro
By: PEREIRA, Carlos.
Contributor(s): MUELLER, Bernardo.
Material type: ArticlePublisher: São Paulo - SP : ANPOCS: Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais, Junho 2000Subject(s): Teoria informacional | Evento | ComissãoOnline resources: Acesso RBCS - Revista Brasileira de Ciências Socias 15, 43, p. 45-68Abstract: O objetivo do artigo é analisar o sistema de comissões na Câmara dos Deputados à luz das teorias da escolha racional (distributiva, informacional e partidária) desenvolvidas para explicar o Congresso norte-americano. Em que pese a enorme preponderância do Executivo sobre a agenda do Legislativo, este trabalho enfatiza que as comissões continuam funcionando ativamente e desempenham um papel importante para os parlamentares, os partidos e para o próprio Executivo. Inicialmente, tenta-se justificar a existência e funcionamento das comissões no Brasil com base na literatura distributiva. No entanto, como será demonstrado, esta explicação não pareceu ser suficientemente forte para justificar o atual sistema de comissões. Em seguida, através de uma adaptação da teoria informacional de Gilligan e Krehbiel (1997) para as especificidades das instituições do Congresso nacional, é testada uma hipótese usando os dados da legislatura 1995-1998. Os resultados da regressão multivariada (probit) na escolha de procedimentos de urgência e não urgência (variável dependente) fornecem evidências empíricas de que as comissões na Câmara dos Deputados têm de fato, pelo menos parcialmente, um papel informacionalO objetivo do artigo é analisar o sistema de comissões na Câmara dos Deputados à luz das teorias da escolha racional (distributiva, informacional e partidária) desenvolvidas para explicar o Congresso norte-americano. Em que pese a enorme preponderância do Executivo sobre a agenda do Legislativo, este trabalho enfatiza que as comissões continuam funcionando ativamente e desempenham um papel importante para os parlamentares, os partidos e para o próprio Executivo. Inicialmente, tenta-se justificar a existência e funcionamento das comissões no Brasil com base na literatura distributiva. No entanto, como será demonstrado, esta explicação não pareceu ser suficientemente forte para justificar o atual sistema de comissões. Em seguida, através de uma adaptação da teoria informacional de Gilligan e Krehbiel (1997) para as especificidades das instituições do Congresso nacional, é testada uma hipótese usando os dados da legislatura 1995-1998. Os resultados da regressão multivariada (probit) na escolha de procedimentos de urgência e não urgência (variável dependente) fornecem evidências empíricas de que as comissões na Câmara dos Deputados têm de fato, pelo menos parcialmente, um papel informacional
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