Esta pesquisa considera a questão sobre se comunidades amazônicas tradicionais possuem consciência

de longo prazo em relação à preservação do ecossistema da região, independentemente

dos impactos diretos causados por mudanças ambientais, tais como impactos na saúde ou atividades

produtivas. Um estudo de campo foi realizado nessas comunidades que vivem ao longo

das margens do rio Amazonas/Solimões, área de transporte de gás e petróleo. Utilizou-se para o

estudo a técnica de análise conjunta e encontrou-se forte disposição a pagar para evitar danos

ao ecossistema, mesmo que esses indivíduos fossem completamente compensados por alterações,

tais como perda de acesso aos recursos produtivos. Os resultados mostraram que qualidade ambiental

não é necessariamente um bem de luxo e rejeita a hipótese de que as pessoas com baixa

renda possuem baixa demanda por qualidade ambiental