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Do barraco à casa : tempo, espaço e valor(es) em uma favela consolidada

By: CAVALCANTI, Mariana.
Material type: materialTypeLabelArticlePublisher: São Paulo : ANPOCS, Fevereiro 2009Revista Brasileira de Ciências Sociais 24, 69, p. 69-80Abstract: Este artigo constitui uma análise etnográfica do fenômeno da consolidação de favelas no Rio de Janeiro contemporâneo, concebido aqui como resultado da justaposição de dois processos sócio-históricos aparentemente contraditórios: (1) a substituição, pelo Estado, de programas de remoção por programas de urbanização, que deu origem um boom na construção civil, e à mercantilização sem precedentes do espaço da fa ela pelo tráfico de drogas, que (re)produz e reforça as fronteiras físicas, sociais e simbólicas entre a favela e o dito "asfalto". Esse contexto é aqui explorado a partir de um concepção da casa como fato social total: a passagem do barraco de estuque à casa de alvenaria (convertida cada vez mais em "fortaleza") torna legível a maneira pela qual o espaço da favela, e sobretudo da casa, constitui-se como processo, projeto de futuro e instância produtora de valores - tanto monetários como subjetivos.
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Este artigo constitui uma análise etnográfica do fenômeno da consolidação de favelas no Rio de Janeiro contemporâneo, concebido aqui como resultado da justaposição de dois processos sócio-históricos aparentemente contraditórios: (1) a substituição, pelo Estado, de programas de remoção por programas de urbanização, que deu origem um boom na construção civil, e à mercantilização sem precedentes do espaço da fa ela pelo tráfico de drogas, que (re)produz e reforça as fronteiras físicas, sociais e simbólicas entre a favela e o dito "asfalto". Esse contexto é aqui explorado a partir de um concepção da casa como fato social total: a passagem do barraco de estuque à casa de alvenaria (convertida cada vez mais em "fortaleza") torna legível a maneira pela qual o espaço da favela, e sobretudo da casa, constitui-se como processo, projeto de futuro e instância produtora de valores - tanto monetários como subjetivos.

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