Os acordos de parceria econômica entre a União Europeia e o grupo de países da África - Caribe - Pacífico : nova governança ou nova dependência?
By: MERRIEN, François-Xavier.
Material type: ArticlePublisher: Brasília : IPEA, dezembro 2009Subject(s): Cooperação Internacional | Área de Livre Comércio | Governança | Economia InternacionalOnline resources: Acesso Revista Tempo do Mundo 1, 1, p. 31-56Abstract: Durante muito tempo, a cooperação entre a União Européia (UE) e os países da África Caribe Pacífico (ACP) foi considerada um modelo progressivo de parceria. No entanto, o Acordo de Cotonou (2000) marcou uma profunda mudança na relação entre estes parceiros, dado que impunha a implementação de um quadro com base no livre comércio e exigia que as relações entre as partes tivessem como base uma nova forma de governança. Muitos países da ACP questionam o uso do conceito de governança pela UE, considerando-o um instrumento de poder com o objetivo de estabelecer uma nova dependência centro (UE) periferia (ACP) no contexto da globalização. Para examinar tal processo, o presente artigo analisa os interesses envolvidos nas negociações, a ação de legitimação da UE (a nova governança), a construção do discurso crítico (a nova dependência) e os efeitos deste confronto sobre a aplicação dos acordosDurante muito tempo, a cooperação entre a União Européia (UE) e os países da África Caribe Pacífico (ACP) foi considerada um modelo progressivo de parceria. No entanto, o Acordo de Cotonou (2000) marcou uma profunda mudança na relação entre estes parceiros, dado que impunha a implementação de um quadro com base no livre comércio e exigia que as relações entre as partes tivessem como base uma nova forma de governança. Muitos países da ACP questionam o uso do conceito de governança pela UE, considerando-o um instrumento de poder com o objetivo de estabelecer uma nova dependência centro (UE) periferia (ACP) no contexto da globalização. Para examinar tal processo, o presente artigo analisa os interesses envolvidos nas negociações, a ação de legitimação da UE (a nova governança), a construção do discurso crítico (a nova dependência) e os efeitos deste confronto sobre a aplicação dos acordos
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