Inflação versus desemprego: novas evidências para o Brasil
By: MENDONÇA, Mário Jorge.
Contributor(s): Sachsida, Adolfo.
Material type: BookSeries: Texto para Discussão ; 1763.Publisher: Brasília : IPEA, 2012Description: 33 p.Online resources: Acesso Abstract: O objetivo deste artigo é estimar a curva de Phillips novo-keynesiana (NKPC) para o Brasil. Para tal aplica-se o método GMM-HAC, devido à presença de problemas de especificação inicialmente observados. Uma investigação minuciosa para checar a robustez dos resultados incluiu reestimar a NKPC com base em diferentes proxies para variáveis do modelo tal como o uso de amostras de dimensão temporal distintas. De maneira geral, os seguintes resultados merecem destaque. Primeiro, a expectativa futura de inflação e a inflação passada têm relevância na dinâmica da inflação. Contudo, o papel das expectativas parece aumentar no período mais recente a partir de 2002. Para dados a partir de 1995, o efeito das expectativas é menor ou semelhante ao da inércia inflacionária. Segundo, para a maior parte das regressões estimadas, não foi possível rejeitar a hipótese de que a soma dos coeficientes da inflação passada e da expectativa de inflação seja igual à unidade. Em terceiro lugar, o efeito do desemprego sobre a inflação parece estar localizado no curto prazo. Para a maior parte dos casos em que as variáveis proxies foram usadas, esta relação foi observada com efeito negativo. No longo prazo, o efeito do desemprego parece ser nulo na formação da inflação. Por fim, parece haver uma quebra estrutural no efeito de uma mudança do câmbio sobre a inflação. Com dados a partir de 2002, o efeito de um choque cambial é negativo. Contudo, com a amostra ampliada desde 1995, o efeito de uma desvalorização cambial é positivo sobre a inflação.O objetivo deste artigo é estimar a curva de Phillips novo-keynesiana (NKPC) para o Brasil. Para tal aplica-se o método GMM-HAC, devido à presença de problemas de especificação inicialmente observados. Uma investigação minuciosa para checar a robustez dos resultados incluiu reestimar a NKPC com base em diferentes proxies para variáveis do modelo tal como o uso de amostras de dimensão temporal distintas. De maneira geral, os seguintes resultados merecem destaque. Primeiro, a expectativa futura de inflação e a inflação passada têm relevância na dinâmica da inflação. Contudo, o papel das expectativas parece aumentar no período mais recente a partir de 2002. Para dados a partir de 1995, o efeito das expectativas é menor ou semelhante ao da inércia inflacionária. Segundo, para a maior parte das regressões estimadas, não foi possível rejeitar a hipótese de que a soma dos coeficientes da inflação passada e da expectativa de inflação seja igual à unidade. Em terceiro lugar, o efeito do desemprego sobre a inflação parece estar localizado no curto prazo. Para a maior parte dos casos em que as variáveis proxies foram usadas, esta relação foi observada com efeito negativo. No longo prazo, o efeito do desemprego parece ser nulo na formação da inflação. Por fim, parece haver uma quebra estrutural no efeito de uma mudança do câmbio sobre a inflação. Com dados a partir de 2002, o efeito de um choque cambial é negativo. Contudo, com a amostra ampliada desde 1995, o efeito de uma desvalorização cambial é positivo sobre a inflação.
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