Gestão social nos município : a violência e a cultura de paz
By: ALVES SOBRINHO, Eduardo Jorge Martins.
Contributor(s): INOJOSA, Rose Marie.
Material type: ArticlePublisher: Rio de Janeiro : FGV, mar./abr. 2005Subject(s): Administração Municipal | Políticas Públicas | Criminalidade | Administração SocialRAP Revista de Administração Pública 39, 2, p. 279-295Abstract: As dificuldades da gestão social nos municípios refletem a inadequação das políticas públicas tradicionais, formuladas para um pobreza residual e de caráter compensatório, em face das demandas geradas pela crescente desigualdade social, pela ruptura de laços sociais e pela epidemia de violência. É no município, junto às comunidades, onde essa pressão deságua e, também, onde reside a possibilidade e a oportunidade de introdução de novos valores, da cultura de paz e não-violência, orientadores de uma nova política social. para superar as práticas tradicionais - fiadoras da injustiça social, fragmentadas e ineficientes para lidar com situações complexas - é necessário tecer uma forte aliança entre o governo e a sociedade, que coloque na agenda social o compromisso com o sofrimento do outro, a solidariedade, e se assente na resolução pacífica de conflitos. Do ponto de vista do gestor, repensar a gestão social a partir desses valores passa por decisões como as de ombrear as políticas social e econômica, estimular a análise transdisciplinar das situações, ampliar a ação cooperativa e intersetorial no governo, articular, em redes de compromisso social, as entidades governamentais e não-governamentais, garantir a verbalização dos interesses dos grupos mais vulneráveis, e, como base, apostar na formação para a paz e não-violência para que um mundo melhor seja possívelAs dificuldades da gestão social nos municípios refletem a inadequação das políticas públicas tradicionais, formuladas para um pobreza residual e de caráter compensatório, em face das demandas geradas pela crescente desigualdade social, pela ruptura de laços sociais e pela epidemia de violência. É no município, junto às comunidades, onde essa pressão deságua e, também, onde reside a possibilidade e a oportunidade de introdução de novos valores, da cultura de paz e não-violência, orientadores de uma nova política social. para superar as práticas tradicionais - fiadoras da injustiça social, fragmentadas e ineficientes para lidar com situações complexas - é necessário tecer uma forte aliança entre o governo e a sociedade, que coloque na agenda social o compromisso com o sofrimento do outro, a solidariedade, e se assente na resolução pacífica de conflitos. Do ponto de vista do gestor, repensar a gestão social a partir desses valores passa por decisões como as de ombrear as políticas social e econômica, estimular a análise transdisciplinar das situações, ampliar a ação cooperativa e intersetorial no governo, articular, em redes de compromisso social, as entidades governamentais e não-governamentais, garantir a verbalização dos interesses dos grupos mais vulneráveis, e, como base, apostar na formação para a paz e não-violência para que um mundo melhor seja possível
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