Nas trincheiras do método : o ensino da metodologia das ciências sociais no Brasil
By: CANO, Ignacio.
Material type: ArticlePublisher: Porto Alegre : UFRGS, set./dez. 2012Subject(s): Ciências Sociais | Sociologia | Método de Pesquisa | Pesquisa Qualitativa | Pesquisa Quantitativa | BrasilOnline resources: Acesso Sociologias : Pesquisa quantitativa na sociologia 14, 31, p. 94-119Abstract: O artigo reflete sobre o ensino tradicional das ciências sociais no Brasil aAbstract: partir do seguinte diagnóstico inicial: uma ênfase excessiva nos clássicos e na erudiçãoAbstract: em detrimento da pesquisa empírica. Em segundo lugar, pretende analisarAbstract: o ensino da metodologia das ciências sociais no país, permeado por uma falsaAbstract: oposição entre as técnicas quantitativas e qualitativas, que são elevadas à categoriaAbstract: de metodologias diferentes e inclusive contraditórias. Esta guerra metodológicaAbstract: salda-se, com frequência, com a derrota do suposto método quantitativo, aoAbstract: qual são associados defeitos epistemológicos de raiz e, inclusive, conteúdos ideológicos.Abstract: Neste contexto, o termo positivista costuma ser usado mais como insultoAbstract: metodológico do que como descrição de uma corrente epistemológica real. AAbstract: visão metodológica triunfante tende a ver a pesquisa mais como uma arte do queAbstract: como um empreendimento sujeito a critérios de validação objetivos e rigorosos.Abstract: Este cenário provoca que outros profissionais, como os economistas e os estatísticos,Abstract: acabem ocupando, na prática, o espaço abandonado pelos cientistas sociais.O artigo reflete sobre o ensino tradicional das ciências sociais no Brasil a
partir do seguinte diagnóstico inicial: uma ênfase excessiva nos clássicos e na erudição
em detrimento da pesquisa empírica. Em segundo lugar, pretende analisar
o ensino da metodologia das ciências sociais no país, permeado por uma falsa
oposição entre as técnicas quantitativas e qualitativas, que são elevadas à categoria
de metodologias diferentes e inclusive contraditórias. Esta guerra metodológica
salda-se, com frequência, com a derrota do suposto método quantitativo, ao
qual são associados defeitos epistemológicos de raiz e, inclusive, conteúdos ideológicos.
Neste contexto, o termo positivista costuma ser usado mais como insulto
metodológico do que como descrição de uma corrente epistemológica real. A
visão metodológica triunfante tende a ver a pesquisa mais como uma arte do que
como um empreendimento sujeito a critérios de validação objetivos e rigorosos.
Este cenário provoca que outros profissionais, como os economistas e os estatísticos,
acabem ocupando, na prática, o espaço abandonado pelos cientistas sociais.
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