Este artigo descreve o uso do instrumento governamental “assistência

financeira” na Política Nacional de Museus para determinar se essa forma de implementação da política tem potencial de contribuir para a democratização do acesso a museus. A fundamentação teórica trata de instrumentos governamentais, descrevendo o uso do instrumento assistência financeira na referida Política, especificamente na forma do “Mais Museus”. Como metodologia, optou-se por trabalhar com seis variáveis: incentivos, autonomia, informação, etapas/tempo,

apoio político e apoio social. Variáveis, descritores e fontes de dados estão explicitados na seção de metodologia. Os principais achados são que o Mais Museus atende majoritariamente a municípios; parece não sofrer interferências políticas no processo decisório; demora em média três anos para cumprir seu ciclo; apresenta barreira ao sucesso decorrente de questões informacionais e de exigência de documentos desde as fases iniciais; e que foram poucos, até agora, os museus criados por este instrumento. Uma sugestão de estudos futuros seria um estudo

comparado entre esse instrumento e gestão direta, renúncia fiscal ou outros instrumentos governamentais, também utilizados na implementação da Política visando à democratização do acesso a museus