Margens da política, fronteiras da violência : uma ação coletiva das periferias de São Paulo
By: FELTRAN, Gabriel de Santis
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ArticlePublisher: São Paulo : CEDEC, 2010Online resources: Acesso Lua Nova Revista de Cultura e Política 79, p. 201-233Abstract: O artigo discute a relação contemporânea entre periferias urbanas e mundo político no Brasil, tomando como objeto heurístico a trajetória de mais de duas décadas de uma ação coletiva da zona leste de São Paulo. Argumento que a relação entre periferias e mundo público foi historicamente marcada pelo conflito. O percurso desse conflito, e de suas formas de contenção a partir dos anos 1970, faz ainda hoje coexistirem três dispositivos distintos, que na linha do tempo tiveram ênfases sucessivas: 1) a luta política, cuja lógica interna remeteu à aposta nos direitos da cidadania, central nas ações dos movimentos sociais desde os anos 1970 até o início dos 1990; 2) a gestão estatal e civil de grupos sociais das periferias, presente na lógica interna dos programas sociais a partir de meados dos anos 1990; e 3) a violência, presente ou latente na força repressiva voltada às periferias e regulada hoje, sobretudo, pelo próprio mundo do crime
O artigo discute a relação contemporânea entre periferias urbanas e mundo político no Brasil, tomando como objeto heurístico a trajetória de mais de duas décadas de uma ação coletiva da zona leste de São Paulo. Argumento que a relação entre periferias e mundo público foi historicamente marcada pelo conflito. O percurso desse conflito, e de suas formas de contenção a partir dos anos 1970, faz ainda hoje coexistirem três dispositivos distintos, que na linha do tempo tiveram ênfases sucessivas: 1) a luta política, cuja lógica interna remeteu à aposta nos direitos da cidadania, central nas ações dos movimentos sociais desde os anos 1970 até o início dos 1990; 2) a gestão estatal e civil de grupos sociais das periferias, presente na lógica interna dos programas sociais a partir de meados dos anos 1990; e 3) a violência, presente ou latente na força repressiva voltada às periferias e regulada hoje, sobretudo, pelo próprio mundo do crime
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