Sexualidade e organizações : estudo sobre lésbicas no ambiente de trabalho
By: IRIGARAY, Hélio Arthur.
Contributor(s): FREITAS, Maria Ester de.
Material type: ArticlePublisher: Salvador : EAUFBA, out./dez. 2011Online resources: Acesso O&S - Organizações & Sociedade 18, 59, p. 625-641Abstract: A discriminação dos homossexuais masculinos no ambiente de trabalho já foi objeto de diversos estudos; no entanto, persiste a lacuna no que tange aos seus pares femininos. Neste sentido, esta pesquisa, iluminada pela premissa da Pós-Modernidade Crítica de que existem múltiplas identidades simultâneas e sobrepostas, foi elaborada com o objetivo de averiguar como as lésbicas se percebem no mundo corporativo. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de campo entre julho de 2005 e julho de 2008, em empresas públicas e privadas, de diversos setores, localizadas nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e São Paulo. Foram entrevistadas 18 mulheres homossexuais, de idades, etnias, aspectos físicos e classes sociais diferentes. Seus relatos, bem como os registros de campo, foram transcritos e submetidos à análise do discurso. O campo revelou que: a) as lésbicas, assim como os gays, se percebem submetidas a práticas discriminatórias no ambiente de trabalho, as quais, não raramente, se escondem sob a máscara do humor e da informalidade; b) a orientação sexual não pode ser tratada como uma categoria sólida, uma vez que outras dimensões físicas e psicográficas, como estética, etnia, classe social acentuam ou atenuam a discriminação; e, finalmente, c) as lésbicas se discriminam entre si em função de outros atributos.A discriminação dos homossexuais masculinos no ambiente de trabalho já foi objeto de diversos estudos; no entanto, persiste a lacuna no que tange aos seus pares femininos. Neste sentido, esta pesquisa, iluminada pela premissa da Pós-Modernidade Crítica de que existem múltiplas identidades simultâneas e sobrepostas, foi elaborada com o objetivo de averiguar como as lésbicas se percebem no mundo corporativo. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de campo entre julho de 2005 e julho de 2008, em empresas públicas e privadas, de diversos setores, localizadas nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e São Paulo. Foram entrevistadas 18 mulheres homossexuais, de idades, etnias, aspectos físicos e classes sociais diferentes. Seus relatos, bem como os registros de campo, foram transcritos e submetidos à análise do discurso. O campo revelou que: a) as lésbicas, assim como os gays, se percebem submetidas a práticas discriminatórias no ambiente de trabalho, as quais, não raramente, se escondem sob a máscara do humor e da informalidade; b) a orientação sexual não pode ser tratada como uma categoria sólida, uma vez que outras dimensões físicas e psicográficas, como estética, etnia, classe social acentuam ou atenuam a discriminação; e, finalmente, c) as lésbicas se discriminam entre si em função de outros atributos.
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