De chão religioso a terra privada : o caso da Fazenda de Santa Cruz
By: FRIDMAN, Fania
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O texto trata do processo de partilha e apropriação da Fazenda de Santa Cruz. Buscamos entender as vias pelas quais a terra se tornou um bem privado, o que marcou a primeira onda de povoamento. Uma segunda onda, protagonizada por cafeicultores (a aristocracia com sua evidente força política nacional), colonos e escravos durante todo o século XIX, contou com o apoio dos funcionários e da burocracia militar que definiam os desígnios de ocupação das localidades e dos núcleos coloniais. Uma terceira onda ocorreu com a revalidação das sesmarias através da Lei de Terras, que, depois, na República
Velha, consagrou o jubileu do grileiro. A última onda foi a formação dos núcleos coloniais nos dois períodos da presidência de GetúlioVargas que visava ao deslocamento da mão-de-obra urbana. Acompanhamos em ciclos históricos de longa duração o fortalecimento da concentração fundiária pela usurpação das terras indígenas, a invasão de terras públicas, o não-pagamento dos foros devidos, a legalização de ocupações por grandes proprietários e a recriação do latifúndio pela aquisição de glebas pertencentes aos núcleos coloniais na República
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