FONSECA, Valéria Silva da

Competitividade Organizacional : uma tentativa de reconstrução analítica - Salvador : EAUFBA, Dezembro. 1996

Neste final de século, o processo de globalização dos mercados e seu efeito sobre os padrões de conduta econômica, política, social e organizacional, vêm assomindo importância crescente, compondo um cenário no qual a competitividade emerge como uma questão imperativa. Em decorrência, intensificam-se na literatura especializada as discussóes em tormo da necessidade de elaboração de um conceito de competitidade mais claro e abrangente, que transcenda a tendência existente no campo da microeconomia de associá-la somente à indicadores de desempenho uo de eficiência técnica. Para tanto, economistas menos ortodoxos têm sugerido vinculações a fatores como estratégia e padrões de concorrência setoriais, e estudiosos organizacionais têm enfatizado mecanismos de seleção e de exclusão competitiva, pressupondo a relevância de se considerar a influência das circunstâncias ambientais. No entanto, na essência tais abordagens ainda se concentram na avaliação da eficiência de aspectos organizacionais. Acredita-se que o problema reside no falo de ambas confinarem o seu tratamento do ambiente aos limites do mercado ou de uma população de organizações, menosprezando a força das pressões que os rodeiam. Esse é o foco de análise da teoria institucional. Portanto, pretende-se apresentar no presente artigo alguns pressupostos da teoria microeconômica e da teoria institucional, e demonstrar oseu potencial de interseção e de consequente aplicação ao exame mais apurado do fenômeno da competitividade