SILVA, João Carlos Garzel Leodoro da

O uso da análise de correspondência e de cluster para a percepção das relações no comércio internacional - ocaso do setor de móveis sul-brasileiro e as barreiras à alca - São Paulo : FEA-USP, jan./fev./mar. 2008

Neste estudo, objetivou-se analisar a percepção da alta administração das empresas produtoras de móveis da região Sul do Brasil quanto a ameaças encontradas em relação à Área de Livre Comercio das Américas (Alca), acordo que nao está definitivamente descartado. Para análise dos resultados, utilizaram-se como opções metodológicas a análise de correspondência e a análise de cluster por ser um trabalho em que se usaram dados caregóricos. Foi encaminhado questionário estruturado à alta administração de 171 empresas, tendo um total de 31 retornos. Entre os resultados encontrados, verificou-se que os empresários são favoráveis a um conceito geral para uma área de livre comércio das Américas, porém não necessariamente partindo para a aplicação direto desse acordo. Ao mesmo tempo indicaramque os principais países concorrentes seão Estados Unidos, México e Canadá. Evidenciou-se, também, um importante aspecto sobre a percepção das barreiras pelos empresários: eles atribuem, normalmente, maior importância para as barreiras externas do que para as internas à empresa. Entretanto, pode-se inferir que a menor importância dada aos fatores internos, como constatado na pesquisa, evidência a característica dos empresários de prederir reconhecer problemas que estão sob responsabilidade de outros organismos às próprias fragilidades, o que implicará mudanças de cultura empresarial investimentos e outras intervenções internas, quase sempre com truamas de curto prazo. Sobre a percepção das barreiras às exportações, três foram consideradas as mais importantes, todas externas à empresa: política do governo com relação ao câmbio, imagem do Brasil no exterior, imagem do produto moveleiro do Brasil no exterior. As barreiras relativas ao denominado custo-Brasil foram indicadas como importantes, denotando insatisfação dos empresários quanto a questões como impostos, custos portuários e custo de capital