HOCHSTETLER, Kathryn

Repensando o presidencialismo : contestações e quedas de presodentes na América do Sul - São Paulo : CEDEC, 2007

A partir de 1978, 40% dos presidentes eleitos na América do Sul têm sido contestados por civis, que tentaram fazêlos deixar o cargo antes do tempo. Por meio de impeachments e de renúncias, caíram 23% - que foram substituídos por civis. Após um exame do conjunto completo de presidências, verifica-se que os presidentes contestados tendiam mais a seguir políticas neoliberais, a estarem pessoalmente implicados em escândalos e a não terem maioria no Congresso, do que seus congêneres não-contestados. Entre os presidentes contestados, a presença ou a ausência de grandes manifestações populares nas ruas, exigindo sua deposição,é, então, crucial para determinar seus destinos. Esses acontecimentos frustram várias hipóteses essenciais relativasàs práticas dos regimes presidenciais: que os mandatos presidenciais são rigorosamente fixados, que a população não pode retirar nem garantir seus mandatos e que as conseqüências do conflito político no presidencialismo são o colapso da democracia