MÄNTYSALO, Raine

Dilemas na Teoria Crítica do Planejamento - Rio de Janeiro : IPPUR/UFRJ, jan./dez. 2005

Neste trabalho, argumenta-se que a Teoria Crítica do Planejamento (critical planning theory) não é uma teoria de planejamento adequada. Ela deveria buscar formas de incorporar os princípios argumentativos do planejamento legítimos, derivados da teoria social de Habermas, a uma teoria que fosse capaz de abordar as práticas de planejamento descritiva e prescritivamente - capturando, assim, a essência do planejamento como uma atividade voltada para a solução de problemas que transcende a racionalidade e necessariamente administra relações sociais. No entanto, a separação conceitual entre racionalidades comunicativas e instrumentais de Habermas e sua total dependência da racionalidade tornam tal trabalho teórico inerentemente problemático. Para acrescentar uma capacidade descritiva e prescritiva, os teóricos do planejamento precisaram procurar outras fontes teóricas, tais como a teoria pragmatista de sistemas e a analítica do poder de Foucault, que, no entanto, são incompatíveis com a teoria da ação comunicativa de Habermas.