KUBOTA, Luis Claudio

Os efeitos do e-commerce na produtividade das firmas comerciais no Brasil - Rio de Janeiro : Ipea, março 2011 - 31 p. - Texto Para Discussão ; n. 1585 .

Com a emergência da internet, cresce a cada dia o comércio eletrônico, no Brasil e no mundo. Em 2007, a adoção deste ainda era muito pouco difundida entre as firmas comerciais brasileiras, mesmo considerando-se apenas as com 20 ou mais pessoas ocupadas. Destas 38.339 firmas, apenas 855 adotam a prática. A implantação desse tipo de inovação propicia redução de custos de transação para as firmas, mas, por outro lado, exige que as empresas reorganizem sua logística e sua estrutura de tecnologia de informação (TI) e possuam pessoal qualificado para atender a esse tipo de serviço. Essas melhorias poderiam ser alvo de políticas públicas de incentivo. O presente estudo procurou desenvolver uma pioneira avaliação dos efeitos do e-commerce na economia brasileira. Mais especificamente, analisaram-se os efeitos da adoção dessa forma de inovação na produtividade do trabalho nos setores de atacado e varejo. O estudo utiliza uma metodologia econométrica que procura contemplar os possíveis impactos de endogeneidade e viés de seleção. Ou seja, procura controlar o possível viés causado pelo fato de que a escolha das firmas adotarem ou não o e-commerce pode ser influenciada pela produtividade. A pesquisa utiliza microdados da Pesquisa Anual de Comércio (PAC) 2007, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A metodologia foi utilizada por Bertschek, Fryges e Kaiser (2004) para avaliar o impacto de comércio eletrônico entre firmas (business-to-business) na produtividade de empresas alemãs