ROSSO, Sadi Dal
Limites do reformismo bem intencionado
- Porto Alegre : UFRGS, mai./ago. 2010
Em seu livro Making Globalization to Work, Joseph E. Stiglitz analisa a situação econômica contemporânea e aponta sérios problemas de concentração da riqueza mundial. Perante eles, assume postura de reformista radical. Tece ligações com o alter-mundismo, participando do encontro de Mumbai, Índia. Admira as decisões drásticas de países como a Argentina e a China. Almeja sobretudo construir seu nome, ligando-se à figura do grande John M. Keynes. Entretanto, suas propostas de reformas apresentam limites óbvios por não explicitarem quem serão os atores sociais que as conduzirão. Este e outros pontos críticos fazem com que não consiga perceber a grande crise financeira que estoura no centro do império capitalista mundial, por meio de uma especulação sem limites com crédito imobiliário, que afastou o mundo financeiro da base real da sociedade.