Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa bibliográfica acerca dos fatores críticos para uma gestão estratégica bem-sucedida de empresas tradicionais que atuam no mercado B2B e que são cada vez mais afetadas pelo potencial da tecnologia da informação (TI) de transformar as regras do seu jogo competitivo. O objetivo é fornecer alguns novos insights para os tomadores de decisão dessas empresas sobre como enfrentar esse tipo de desafio. Os resultados da pesquisa sugerem que, no mercado B2B, a TI desempenha esse papel estratégico de criação destrutiva, na medida em que habilita redes de relacionamentos virtuais. Também sugerem que: a alta taxa de fracassos nas implantações de sistemas estratégicos de informação decorre, em grande parte, de uma perspectiva tecnicista e reducionista da TI, que deve ser combatida a partir de uma visão mais humana no gerenciamento das mudanças envolvidas nessas implantações; a TI só constitui uma fonte de vantagem competitiva sustentável quando devidamente integrada aos demais recursos/competências organizacionais, em uma relação de ambigüidade causal que cria valor para todos os stakeholders; os modelos dominantes de análise estratégica não são mais adequados para explicar a conduta e o desempenho de empresas B2B que atuam em redes de relacionamento estratégicas. Conclui-se que há uma urgência em desenvolver novos modelos integrativos que levem em consideração dimensões referentes à gestão dos relacionamentos dessas redes em um contexto de mudança crescente

RAP Janeiro a Fevereiro 2002