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Contra o método

By: FEYERABEND, Paul.
Material type: materialTypeLabelBookSeries: Metodologia das Ciências Sociais e Teoria da Ciência.Publisher: Rio de Janeiro : Francisco Alves, 1977Description: 487 p.Subject(s): Filosofia | Anarquismo | Socialismo | Teoria
Contents:
Introdução A ciência é um empreendimento essencialmente anárquico: o anarquismo teorético é mais humanitário e mais suscetível de estimular o progresso do que susas alternativas representadas por ordem e lei. I. Isso é demonstrado seja pelo exame de episódios históricos, seja pela análise da relação entre ideia e ação. O único princípio que não inibe o progresso é: tudo vale. II. Cabe, por exemplo, recorrer a hipóteses que contradizem teorias confirmadas e/ou resultados experimentais bem estabelecidos. É possível fazer avançar a ciência, procedendo contra-individualmente. II. A condição de coerência, por força da qual se exige que as hipóteses novas se ajustem a teorias aceitas, édesarrazoada, pois preserva a teoria mais antiga e não a melhor. Hipóteses que contradizem teorias vem assentadas proporcionam-nos evidência impossível de obter por outra forma. A proliferação de teorias é benéfica para a ciência , ao passo que a uniformidade lhe debilita o poder crítico. A uniformidade, além disso, ameaça o livre desenvolvimento do indivíduo. IV. Qualquer ideia, embora antiga e absurda, é capaz de aperfeiçoar nosso conhecimento. A ciência absorve toda a história do pensamento e a utiliza para o aprimoramento de cada teoria. E não se respeita a interferência política. Ocorrerá que ela se faça necessária para vencer o chauvinismo da ciência que resiste em aceitar alternativas ao status quo. V. Nenhuma teoria esta em concordância com todos os fatos de seu domínio, circunstância nem sempre imputável à teoria. Os fatos se prendem a ideologias mais antigas, e um conflito entre fatos e teorias pode ser evidência de progresso. Esse conflito corresponde, ainda, a um primeiro passo na tentaiva de identificar princípios implícitos em noções observacionais. VI. Como exemplo dessa tentativa, trago à baila o argumento da torre, de que os aristotélicos se valiam para refrutar o movimento da Terra. O argumento envolve interpretações naturais - ideias tão estreitamnte ligadas a observaçõs, que se faz necessário especial esforço para perceber-lhes a existência e determinar-lhes o conteúdo. Galileu identifica as interpretações naturais que se mostram incosistentes com a doutrina de Copérnico e as susbstitui por outras. VII. As novas interpretações naturais constituem linguagem de observação original e altamente abstrata. São introduzidas e ocultadas, de sorte que não se percebe a modificação havida (método da anamnese). Encerram a ideia da relatividade de todo movimento e a lei da inércia circular. VIII. Dificuldades iniciais provocadas pela alteração vêem-se afastadas por hipóteses ad hoc que, assim, desempenham, ocasionalmente, uma função positiva; asseguram às novas teorias espeçoa para se desenvolverem e indicam o sentido da pesquisa futura. IX. Além de alterar as interpretações naturais, Galileu alterou também as sensações que parecem ameaçar Cópérnico. Admite que tais sensações existam, louva Copérnico por não havê-las considerado e afirma tê-las afastado com o aucílio do seu telescópio. Contudo, não oferece razões teóricas acerca do por que procederia esperar que o telescópio traçasse dos céus um quadro verdadeiro.
Production Credits: Título original: Against method | Tradutor: Octanny S. da Mota e Leonidas Hegenberg
Abstract: Recorre ao pensamento social de influentes autores socialistas e anarquistas para a defesa do seu pluralismo metodológico. São discutidas e questionadas neste livro conhecidas distinções entre contexto da descoberta e contexto da justificação, entre termos observacionais e termos teóricos.
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Livro Geral Biblioteca Graciliano Ramos
Livro Geral 3F434c (Browse shelf) 1 Available 10000307

Introdução A ciência é um empreendimento essencialmente anárquico: o anarquismo teorético é mais humanitário e mais suscetível de estimular o progresso do que susas alternativas representadas por ordem e lei. I. Isso é demonstrado seja pelo exame de episódios históricos, seja pela análise da relação entre ideia e ação. O único princípio que não inibe o progresso é: tudo vale. II. Cabe, por exemplo, recorrer a hipóteses que contradizem teorias confirmadas e/ou resultados experimentais bem estabelecidos. É possível fazer avançar a ciência, procedendo contra-individualmente. II. A condição de coerência, por força da qual se exige que as hipóteses novas se ajustem a teorias aceitas, édesarrazoada, pois preserva a teoria mais antiga e não a melhor. Hipóteses que contradizem teorias vem assentadas proporcionam-nos evidência impossível de obter por outra forma. A proliferação de teorias é benéfica para a ciência , ao passo que a uniformidade lhe debilita o poder crítico. A uniformidade, além disso, ameaça o livre desenvolvimento do indivíduo. IV. Qualquer ideia, embora antiga e absurda, é capaz de aperfeiçoar nosso conhecimento. A ciência absorve toda a história do pensamento e a utiliza para o aprimoramento de cada teoria. E não se respeita a interferência política. Ocorrerá que ela se faça necessária para vencer o chauvinismo da ciência que resiste em aceitar alternativas ao status quo. V. Nenhuma teoria esta em concordância com todos os fatos de seu domínio, circunstância nem sempre imputável à teoria. Os fatos se prendem a ideologias mais antigas, e um conflito entre fatos e teorias pode ser evidência de progresso. Esse conflito corresponde, ainda, a um primeiro passo na tentaiva de identificar princípios implícitos em noções observacionais. VI. Como exemplo dessa tentativa, trago à baila o argumento da torre, de que os aristotélicos se valiam para refrutar o movimento da Terra. O argumento envolve interpretações naturais - ideias tão estreitamnte ligadas a observaçõs, que se faz necessário especial esforço para perceber-lhes a existência e determinar-lhes o conteúdo. Galileu identifica as interpretações naturais que se mostram incosistentes com a doutrina de Copérnico e as susbstitui por outras. VII. As novas interpretações naturais constituem linguagem de observação original e altamente abstrata. São introduzidas e ocultadas, de sorte que não se percebe a modificação havida (método da anamnese). Encerram a ideia da relatividade de todo movimento e a lei da inércia circular. VIII. Dificuldades iniciais provocadas pela alteração vêem-se afastadas por hipóteses ad hoc que, assim, desempenham, ocasionalmente, uma função positiva; asseguram às novas teorias espeçoa para se desenvolverem e indicam o sentido da pesquisa futura. IX. Além de alterar as interpretações naturais, Galileu alterou também as sensações que parecem ameaçar Cópérnico. Admite que tais sensações existam, louva Copérnico por não havê-las considerado e afirma tê-las afastado com o aucílio do seu telescópio. Contudo, não oferece razões teóricas acerca do por que procederia esperar que o telescópio traçasse dos céus um quadro verdadeiro.

Título original: Against method

Tradutor: Octanny S. da Mota e Leonidas Hegenberg

Recorre ao pensamento social de influentes autores socialistas e anarquistas para a defesa do seu pluralismo metodológico. São discutidas e questionadas neste livro conhecidas distinções entre contexto da descoberta e contexto da justificação, entre termos observacionais e termos teóricos.

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