Dissertação de Mestrado em Economia do Setor Público da Universidade de Brasília.

Inclui bibliografia.

1 Introdução 2 Revisão da Literatura de Barganha 2.1 Aspectos Gerais do Processo de Barganha 2.2 Aplicação do Processo de Negociação 2.3 Outras Abordagens sobre Barganha 3 Fundamentos Teóricos 3.1 Conceitos Relevantes da Teoria dos Jogos 3.1.1 A Forma Extensiva 3.1.2 Estratégia 3.1.3 Equilíbrio de Nash 3.1.4 Indução Retroativa 3.1.5 Equilíbrio Perfeito em Sub-Jogos 3.1.6 Equilíbrio Bayesiano Perfeito 3.2 Modelos de Economia Política 3.2.1 Modelo de Finanças Públicas 3.2.2 Modelo de Competição Eleitoral 3.2.3 Modelo do Eleitor Mediano 3.2.4 Modelo de Voto Probabilístico 4 Negociação Salarial entre Governo Federal e Funcionários 4.1 Negociação Salarial sob a Ótica Política 4.2 Competição Eleitoral com Dois Grupos 4.2.1 Política Preferida pelo Grupo de Não Servidores 4.2.2 Política Preferida pelo Grupo de Funcionários Públicos 4.2.3 Plataforma dos Candidatos 4.3 Competição Eleitoral com Três Grupos 4.3.1 Política Preferida pelo Grupo de Não Servidores 4.3.2 Política Preferida pelo Grupo de Funcionários das Carreiras Típicas de Estado 4.3.3 Política Preferida pelo Grupo dos Demais Servidores Públicos 4.3.4 Plataformas de Equilíbrio dos Candidatos 4.4 Considerações Sobre o Aumento Salarial 5 Conclusão Referências Anexos Anexo A - Quantitativo de Servidores da União por Poder Anexo B - Participação Percentual de Servidores da União por Poder Anexo C - Quantitativo de Servidores das Carreiras da Administração Pública Federal Anexo D - Despesa Média com Servidores Federais da União por Poder, de 11 a 2004 Anexo E - Despesa Média com Servidores Federais da União por Poder Anexo F - Remuneração Média Total dos Servidores da União Anexo G - Estrutura Salarial das Carreiras da Administração Pública Federal Anexo H - Quantidade de Eleitores por Estados

Negociar é um verbo que cada vez mais é conjugado. Entender o processo de barganha é uma questão que está presente no dia-a-dia de pessoas, firmas, sindicatos e governo. Especificamente, como o governo se comporta em um processo de negociação salarial com seus funcionários é o problema que motivou a realização do presente trabalho. Utilizando-se os fundamentos da teoria dos jogos e de economia política, junto com uma revisão da literatura de barganha, buscou-se analisar o processo de negociação entre o governo federal brasileiro e seus funcionários no que tange ao aumento salarial. O que se percebe da realidade dos fatos é que o governo prefere conceder algum aumento aos funcionários, mas que ele tem interesse em negociar separado com cada categoria funcional, concedendo aumentos distintos. O modelo utilizado foi o de competição eleitoral, incluindo na função utilidade dos servidores o aumento salarial como uma parcela a mais de renda, sendo estudados três casos distintos. No primeiro, existem dois grupos, um formado por cidadãos que não são servidores e um outro formado pelos servidores públicos. O segundo caso analisa a situação em que os servidores são distribuídos em dois grupos distintos e recebem aumentos diferenciados. E, no terceiro, há dois grupos diferentes de servidores, mas o aumento é igual para ambos os grupos. A principal conclusão que se chega na análise dessas situações é que o governo ao querer maximizar sua probabilidade de vencer as eleições prefere negociar em separado com cada categoria funcional, concedendo aumentos diferenciados.