Concentración de la riqueza, millionarios y reproducción de la pobreza en America Latina
By: ALVAREZ LEGUIZAMÓN, Sonia.
Material type: ArticlePublisher: Porto Alegre : UFRGS, jul./dez. 2007Online resources: Acesso Sociologias : Riqueza e desigualdades 9, 18, p. 38-73Abstract: Entre o fim do século XX e o início do atual, a pobreza e a desigualdadeAbstract: acentuaram-se na América Latina. Estudos de diferentes organismos internacionaisAbstract: indicam que o número de pobres cresceu em termos absolutos e relativos emAbstract: quase todos os países, ao passo que a concentração de riqueza atingiu patamaresAbstract: inéditos, provocando profundas mudanças na estrutura social. Em parte, a multiplicaçãoAbstract: da pobreza e das desigualdades é conseqüência do fracasso das práticasAbstract: adotadas sob pressão das agências internacionais de crédito e desenvolvimentoAbstract: em nome do chamado Consenso de Washington (privatizações, liberalização dosAbstract: mercados). Transformações no mundo do trabalho resultaram em desempregoAbstract: em massa e vulnerabilidade crescente para milhões de latino-americanos. Paralelamente,Abstract: pequenos grupos de indivíduos e famílias passaram a concentrar parcelasAbstract: cada vez mais expressivas da riqueza, ampliando o fosso entre os extremos daAbstract: distribuição da renda em cada país. Este artigo discute as transformações da estruturaAbstract: social da América Latina e as estratégias de legitimação da riqueza empregadasAbstract: pelos ricos no subcontinente, em especial a neofilantropia de instituiçõesAbstract: assistenciais financiadas por músicos e grandes empresários. Por fim, a autoraAbstract: propõe problematizar a questão das desigualdades sob a ótica das relações deAbstract: dominação de classe, uma perspectiva que começa a ganhar espaço nas ciênciasAbstract: sociais e que deveria ser estendida à agenda política.Entre o fim do século XX e o início do atual, a pobreza e a desigualdade
acentuaram-se na América Latina. Estudos de diferentes organismos internacionais
indicam que o número de pobres cresceu em termos absolutos e relativos em
quase todos os países, ao passo que a concentração de riqueza atingiu patamares
inéditos, provocando profundas mudanças na estrutura social. Em parte, a multiplicação
da pobreza e das desigualdades é conseqüência do fracasso das práticas
adotadas sob pressão das agências internacionais de crédito e desenvolvimento
em nome do chamado Consenso de Washington (privatizações, liberalização dos
mercados). Transformações no mundo do trabalho resultaram em desemprego
em massa e vulnerabilidade crescente para milhões de latino-americanos. Paralelamente,
pequenos grupos de indivíduos e famílias passaram a concentrar parcelas
cada vez mais expressivas da riqueza, ampliando o fosso entre os extremos da
distribuição da renda em cada país. Este artigo discute as transformações da estrutura
social da América Latina e as estratégias de legitimação da riqueza empregadas
pelos ricos no subcontinente, em especial a neofilantropia de instituições
assistenciais financiadas por músicos e grandes empresários. Por fim, a autora
propõe problematizar a questão das desigualdades sob a ótica das relações de
dominação de classe, uma perspectiva que começa a ganhar espaço nas ciências
sociais e que deveria ser estendida à agenda política.
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